Betty Faria sobre o passar do tempo: ‘Não é aceitar, é se adaptar’

Betty Faria, atriz que participa das novelas “Tieta” e “Volta Por Cima”, afirmou recentemente que a sociedade de hoje é muito mais conservadora em comparação com os anos 80, chegando a dizer que “regrediu 100 anos”.

Betty Faria — Foto: Divulgação/TV Globo

Betty Faria, aos 83 anos, continua esbanjando vitalidade e é sempre uma companhia agradável para longas conversas. Em uma recente entrevista, ela refletiu sobre sua carreira e a sociedade atual, destacando que se sente fora dos padrões de “politicamente correta” e afirmou que não deseja mais dar entrevistas.

Atualmente, Betty está no ar nas novelas “Tieta” e “Volta Por Cima”. Ela comentou que a sociedade tornou-se mais conservadora em comparação aos anos 80, afirmando que “andou 100 anos para trás”. Ela mencionou que lidar com o tempo não é fácil e que a filosofia budista a ajuda a aceitar os quatro sentimentos inevitáveis da vida: nascimento, velhice, doença e morte.

Betty revelou que nunca cedeu às pressões dos padrões de beleza impostos pela sociedade, mas que sempre se cobrou para se manter bonita, influenciada por sua formação em balé clássico. Ela realizou uma única cirurgia plástica, um lifting facial, com o cirurgião Ivo Pitanguy, para um leve rejuvenescimento.

Em termos de carreira, além de atuar na novela das 6, Betty também está em “Codex 632”, onde interpreta Luisa, que enfrenta os primeiros sintomas do Alzheimer. Ela afirmou que se adapta bem ao envelhecimento, valorizando diferentes aspectos da vida. Apesar de alguns arrependimentos ao longo da vida, Betty considera essas experiências como aprendizados valiosos.

 

“Não meço a vida em ganhar ou perder”, diz Fernanda Torres sobre Oscar

Torres se tornou a segunda brasileira a receber uma indicação ao Oscar como Melhor Atriz

Fernanda Torres, 59 anos, mantém uma perspectiva realista sobre sua indicação ao Oscar 2025 de Melhor Atriz pelo filme “Ainda Estou Aqui“, dirigido por Walter Salles. Pouco antes do anúncio oficial dos indicados, nesta quinta-feira (23), a atriz comentou em uma entrevista ao programa de rádio Weekend, da BBC, que evita criar expectativas quanto às premiações.

“Eu odeio expectativas. Sou pessimista por natureza. O que vier, vou ficar feliz. Estou mais do que satisfeita com meu Globo de Ouro pesado na minha mala“, brincou, referindo-se ao prêmio que recebeu no início do mês pelo mesmo papel.

Apesar do entusiasmo dos fãs, a estrela afirmou que não mede seu sucesso pelas estatuetas que recebe. “Não meço a vida em termos de ganhar ou perder,” destacou ela. Além da indicação de Fernanda, “Ainda Estou Aqui” fez história ao ser indicado nas categorias de Melhor Filme e Melhor Filme Internacional.

A indicação ao maior prêmio do cinema americano reacende a expectativa que o Brasil viveu em 1999, quando a mãe de Fernanda, Fernanda Montenegro, 95 anos, foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz por sua atuação no filme “Central do Brasil“, também de Walter Salles.

Naquela ocasião, a veterana atriz não ganhou a estatueta, que foi para Gwyneth Paltrow por seu papel em “Shakespeare Apaixonado”.

“Ainda Estou Aqui” é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, publicado em 2015. O filme conta a história de Eunice Paiva, mãe do escritor, que lutou por muitos anos por justiça para seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, que foi torturado e morto pela ditadura militar brasileira, sendo posteriormente considerado desaparecido pelo regime.