A influencer Renata Gutierrez, de 24 anos, mãe de Hanna, filha mais nova de Xamã, de 33, que vai completar dois anos em julho, usou as redes sociais recentemente para expor que não tem sido fácil ser mãe solo da criança. Desde que engravidou, Renata passou por momentos delicados na hora de lidar com o artista. A menina nasceu em julho de 2021 e só foi registrada pelo pai depois de março de 2022.
Em conversa exclusiva com a Quem, Renata explica que não queria tornar o assunto público, mas não viu outra saída diante das dificuldades que tem enfrentado para lidar com o cantor e sua equipe. A reportagem também procurou a assessoria de comunicação de Xamã, que informou que, “por ora, o cantor não tem nada para falar sobre o caso”.
Você contou que esteve sozinha desde a gravidez e que não foi a primeira vez que falou sobre a ausência do Xamã na vida da Hanna. Quanto tempo vocês se relacionaram?
Conheci o Geizon [Geizon Carlos da Cruz Fernandes nome é o nome de batismo do rapper] em 2017, quando eu tinha 18 anos. Fui convidada para participar de um clipe de uma música dele. Semanas depois entramos em contato pelas redes sociais. Nos víamos esporadicamente, não foi nada oficial, isso durou até a minha gravidez. Depois tivemos poucos e raros encontros, como relatei no desabafo nos stories.
O que ele disse ao saber que você estava grávida?
Quando descobri sobre a gravidez foi um susto. Não foi [uma gestação] planejada, apesar de hoje não imaginar minha vida sem a Hanna. Minha mãe me deu todo suporte e, quando eu contei para o Geizon pelo meu WhatsApp, eu estava muito nervosa no dia. Ele reagiu bem, em nenhum momento duvidou ou questionou e se mostrou entusiasmado com a notícia.
O Xamã estava com você no dia do nascimento?
Passei a minha gravidez inteira sozinha, ele nunca foi a nenhuma consulta, não participava ativamente de nada, essa função foi terceirizada para a minha família. Minha irmã assistiu o parto, o Geizon estava em uma viagem a trabalho. Assim que ele chegou de viagem foi visitar na maternidade, mas, durante a gravidez, ele tentava se fazer presente, me mandava mensagem e perguntava se a Hanna estava bem.
Ele registrou a Hanna espontaneamente ou você teve de falar com ele?
Para obter o registro em cartório, foi com muito custo, brigas e ameaças. Ele alegava falta de tempo. A Hanna tinha sete meses quando o registro dela foi feito.
Como você lida com a maternidade solo?
A maternidade solo, como já se diz, é muito solitária, mas ouvi esses dias de uma seguidora: ‘você é uma, mas não é só!’ Isso me motiva demais. Todo esse amor e rede de apoio que venho recebendo… Eu era uma menina e tive que virar mãe, fiz e faço isso pela Hanna. É a profissão mais gratificante e difícil do mundo, é outro ser humano dependendo de você para tudo. Fui descobrindo e aprendendo… As cólicas, as noites sem dormir, as idas na madrugada ao hospital, o primeiro sorriso, as primeiras palavras… Cada descoberta dela faz tudo valer a pena.
O Xamã paga pensão para a Hanna?
Ele paga a pensão. E mesmo que não seja um valor justo de acordo com o que ele ganha, a exposição foi mais por ele não se apresentar na vida dela.
Você disse que tentou acionar advogados, buscando acordos pacíficos, e não teve êxito em nenhuma tentativa. Por isso decidiu expor o caso?
A exposição [do caso] aconteceu num momento em que meu emocional estava totalmente debilitado. Estava exausta de todas essas questões mal resolvidas, exausta de implorar o mínimo, exausta pela falta de diálogo sobre as questões da Hanna e pela omissão dos advogados. Mas após eu postar nos stories, a equipe de advogados do Geizon já entrou em contato comigo finalmente. Minha intenção é só resolver essa situação da maneira mais pacífica possível. Eu não quero uma guerra judicial, nunca quis. Aliás, há anos que tento só isso: que a Hanna tenha o devido reconhecimento e receba os seus direitos.
Você contou também que o Xamã só viu a Hanna umas 15 vezes desde que ela nasceu. O que ele diz sobre isso e como é a relação da Hanna com o pai?
A relação da Hanna com o pai se resume basicamente a isso, infelizmente. Foram 15 vezes que ele visitou ou esteve com ela. Ele paga, sim, todo mês, um valor que ele determinou e que é isso que ele alega ter condições de fazer. Me manda mensagem de bom dia e nosso diálogo se resume a isso. Se eu cobro presença ou algo a mais financeiramente ou alguma posição sobre o acordo que tínhamos feito verbalmente sempre acaba em brigas, conflitos e dias sendo ignorada. Depois ele volta com outro bom dia como se nada tivesse acontecendo. Se você não vive de acordo com os termos dele, você que é a pessoa ruim. Os advogados e a equipe falam que ele não consegue ver a Hanna por falta de tempo.
O Xamã tem outra filha, mais velha, a Akasha [de cinco anos], com a Natasha Hoffemann. Ela tem contato com a irmã?
A Hanna reconhece o Geizon como pai. Apesar do pouco convívio, mostro fotos e nos clipes ela já consegue reconhecê-lo, é muito esperta. Das vezes que encontrou a Akasha, a irmã é sempre muito cuidadosa e amorosa com ela, gosta de ser a ‘big sister’ que cuida. A Hanna é uma menina incrível, curiosa, brincalhona e muito amada pela minha família e pelos titios e titias que ela convive. Eu perdi meu pai muito cedo e ela também não tem avô paterno. Sou muito grata à minha família que sempre me dá o suporte e é para o colo da minha mãe que eu sempre corro quando preciso.
Buscou ajuda psicológica?
Busco ajuda com a minha família, meus amigos e, principalmente, em Deus. Minha mãe é cristã, então cresci com uma fé que eu cultivo até hoje. Faço terapia, acredito em energia e minha amiga astróloga me ajudou bastante a conhecer meu mapa astral, foi um processo de autoconhecimento.
O que gostaria de dizer para o Xamã a respeito do abandono emocional que você alega que ele tem feito em relação à filha?
Não desejo mal ao Geizon. Pelo contrário! Ele é o pai da minha filha. A única coisa que eu gostaria é o que eu sempre quis e busquei, uma relação pacífica, já que somos pai e mãe da Hanna. Quero que ela cresça se sentindo amada e protegida. Quero diálogos resolutivos, sem precisar de exposições ou de uma guerra judicial. Em momento algum minha intenção era difamar ou acabar com a reputação de alguém, tanto que isso nem cabe a mim. Cada um é dono de si e responde por seus próprios atos e escolhas… O que relatei são fatos reais de tudo o que vivi e vivo. Entendo e reconheço o ótimo artista que ele é, assim como pode ser um ótimo amigo ou chefe para sua equipe. Mas, infelizmente, ele não é esse Geizon para nós. Quem sabe ele pode melhorar, né? Feio não é errar, nós estamos todos aqui para aprender, melhorar e evoluir como pessoas. Feio é não assumir as consequências das suas próprias escolhas, se vitimizar e culpabilizar os outros pelos próprios atos.
Fonte Revista Quem