O nome de Claudia Leitte foi retirado de um processo movido por um folião que foi expulso do Bloco Largadinho durante o desfile no Carnaval de 2023 por estar com um abadá falso.
As informações iniciais foram divulgadas pela colunista Fábia Oliveira, do site Metrópoles. O Bahia Notícias teve acesso a sentença da ação, que correu na 16ª Vara de Relações de Consumo da Comarca de Salvador e foi distribuído em março de 2023.
Na ação movida contra a cantora, o folião alegou ter sofrido agressões física, verbal, além de discriminação sexual, por parte dos fiscais e seguranças do Bloco Largadinho, que teriam expulsado não só ele como o namorado, do bloco com a justificativa do abadá falsificado.
De acordo com Fábia Oliveira, o folião teria comprado os abadás por R$ 600. A publicação ainda afirma que o autor do processo teria aceitado ser conduzido para fora do bloco, mas não ficaria sem roupa na avenida e a partir deste momento que foram iniciadas as agressões. O rapaz pedia uma indenização por dano moral de R$ 20 mil.
A defesa da cantora chegou a justificar que não havia comprovação do valor pago pelo folião para os abadás e que os seguranças que trabalham para o bloco são instruídos a identificar os abadás falsificados.
Na decisão, o juiz Maurício Lima de Oliveira, responsável pelo caso, pontua que o requerente não comprovou a alegação feita por ele de que Claudia Leitte seria a proprietária do bloco.
“Nesse contexto, a ação deveria ter sido ajuizada, portanto, em face da empresa, somente sendo possível a inclusão da suposta sócia-proprietária no polo passivo, após desconsideração da personalidade jurídica, o que não ocorreu”, informa a sentença.
O Bloco Largadinho tem como razão social a LJM PRODUÇÕES ARTISTICAS LTDA e tem no quadro de administradores a mãe de Claudia Leitte, Ilna Leite. Com a ilegitimidade passiva suscitada, o autor da ação foi condenado ao pagamento das custas e honorários advocatícios.
Esta não é a primeira vez que o bloco Largadinho tem o nome envolvido em uma polêmica com a expulsão de folião. Em 2016, um estudante e publicitário alegou ter sofrido agressões por parte dos seguranças pelo mesmo motivo.
A denúncia foi feita nas redes sociais e o folião chegou a registrar um boletim de ocorrência. Segundo o rapaz, o abadá foi comprado na Feira de Abadás no Aeroclube, que não tinha vigilância para inibir a venda de produto falsificado.
O folião chegou a mover um processo contra a 2TS ENTRETENIMENTO LTDA na 21ª Vara Cível do Foro da Comarca de Aracaju. O processo foi julgado e arquivado em julho de 2018.
Fonte Bahia Notícias