Com pouco mais de 4 milhões de seguidores no Instagram, a maquiadora Leticia Gomes encontrou um nicho para se destacar no mundo digital: se transformar em celebridades e personalidades conhecidas do grande público usando base, pincéis e muitos efeitos de luz em sombra.
Deu tão certo que ela conquistou fãs famosos, como os gringos Ed Westwick, o Chuck Bass de “Gossip Girl”, Ian Somerhalder, o Damon de “Diários de um vampiro”, Tatá Werneck e Ivete Sangalo, todos em que ela já se transformou. A última investida de Leticia foi “encarnar” a cantora Adele com exclusividade para o “Extra”.
Quanto tempo você leva para se transformar em alguém famoso?
Levo em média cinco horas. Mas cada transformação é única. Então, tem umas que são mais rápidas, outras mais demoradas, já cheguei a levar 12 horas me transformando. Mas, claro, que além da transformação em si, tem todo um preparo de definir a pessoa/personagem, procurar fotos para eu reproduzir, escolher o áudio que vou usar, escolher o look, acessórios, lente e peruca, criar um roteiro para seguir o passo a passo e as falas, gravar e editar. Então, é um processo longo e sempre começo sem ter hora pra acabar.
Qual reação de famoso te surpreendeu?
Uma reação que me marcou foi quando fui ao “Programa da Eliana”, participei do quadro “Famosos da Internet”, onde me transformei nela em vídeo. Ela reagiu ali, ao vivo, foi muito bom ver a reação dela na minha frente. E foi quando meu trabalho começou a ter mais visibilidade. Um pouco depois me transformei no Luan Santana e ele reagiu também e compartilhou. Foi demais! E, claro, além desses, tem também os artistas internacionais que já reagiram às minhas transformações, todas foram surpreendentes.
Quais são os desafios de se transformar em outra pessoa?
Uma vez eu recebi um convite da Sony Pictures para me transformar no Morbius, na época de lançamento, onde teria a pré-estreia no México, e a ideia deles era que eu me transformasse no Jared Leto, ao vivo no tapete vermelho, e ele iria reagir e interagir comigo, mas acabou não dando certo. Porque meu trabalho com a transformação não funciona ao vivo, por conta de ângulo e iluminação, fora a interpretação. Nos vídeos eu sempre fico de frente, sem virar muito o rosto, porque eu deixo os contornos supermarcados para realmente transformar meu rosto, e então não tem o mesmo efeito pessoalmente. Tanto que nunca saí transformada na rua. Mas se rolarem convites interessantes onde eu possa me transformar para o vídeo, vai ser incrível.
Hoje você vive exclusivamente do seu trabalho como maquiadora, financeiramente o que mudou na sua vida?
Eu vivo exclusivamente criando conteúdo para Internet e, além das transformações, gravo conteúdo de maquiagem social também. Recentemente, gravei uma série de vídeos mostrando a mudança da maquiagem nos últimos 100 anos. É muito interessante ver como muita coisa mudou e outras voltaram a ser tendência. Eu ganho com publicidades e alguns conteúdos são monetizados no TikTok. Sou muito feliz trabalhando com isso e, através do meu trabalho, pude conquistar meu carro e agora minha casa, que logo estará pronta. Não vejo a hora de me mudar, viver essa nova fase e criar conteúdos no meu estúdio.
O que te levou a se transformar em Adele?
A Adele era uma pessoa em que eu queria me transformar já há algum tempo, eu tentei em 2019, se não me engano, mas não deu certo. Não gostei do resultado, até apaguei tudo o que tinha registrado. Mas quatro anos se passaram e criei coragem de me transformar nela mais uma vez. Agora me senti confiante e amei muito o resultado. Minha autoestima ficou até mais elevada me vendo de Adele (risos). E eu ainda quero refazer a minha primeira transformação, que foi a do Jack Sparrow (Johnny Depp) de “Piratas do Caribe”, que fiz em 2017. Acho que vai ser legal ver essa evolução.
Quando começou essa paixão por se ver em outros rostos?
Desde pequena eu me interesso pelo meio artístico, gosto de incorporar personagens. Gostava de atuar, dublar, ser outras pessoas, eu realmente imitava os personagens, só não me transformava com maquiagem, mas sempre tive facilidade de pegar os trejeitos das pessoas e usava looks parecidos. Minha mãe entrava na onda e me ajudava a me arrumar como as pessoas que eu queria ser, ela ia atrás de roupas e acessórios, e ainda me filmava fazendo essas coisas. Era demais! Tenho muitas lembranças maravilhosas e muitas delas estão registradas. Eu dizia que queria ser atriz famosa. Essa era a minha forma de me expressar, e é até hoje. Nunca fiz curso de teatro, mas essa vontade de atuar sempre esteve presente em mim, e eu até uso esse artifício nas minhas transformações. E eu gosto mesmo de dar vida ao personagem. Eu espero ainda poder vivenciar esse sonho de atuar em alguma série, novela ou filme.
Fonte Extra
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Na Princesa, toda Sexta tem Cesta!