O jornalista Tiago Leifert foi o convidado da edição desta terça-feira, 11, do programa Morning Show. Em entrevista, ele defendeu a paralisação do Brasileirão e esclareceu a polêmica após um comentário que fez sobre Gabriela Anelli, de 23 anos, torcedora do Palmeiras que morreu após ser atingida por estilhaços de uma garrafa de vidro em confronto envolvendo a torcida do time paulista e a do Flamengo. “Lamento muito estar aqui nessa circunstância. Há um trecho enorme, as partes importantes não viralizaram. Estou há pelo menos 8 programas falando que alguém iria morrer. Desde o ano passado também. Posso ter errado o bordão e o momento do confronto, mas infelizmente o fato de a Gabriela pertencer a uma organizada não pode ser ignorado, a gente não pode ignorar desde o começo”, argumentou. “Era um conflito entre torcedores, muitos deles usando camisa de organizada. A Gabriela estava num lugar errado e na hora errada porque infelizmente ela pertence a uma organizada. É um fato, não tem como ficar com raiva de mim. Se a gente pegar o histórico dos últimos meses, todos os confrontos que aconteceram foram entre torcedores de organizadas. Só tem gente que briga em torcida organizada? Não, mas muita gente briga, a imensa maioria. Eu não vejo meninas brigando, é muito raro. Mas ela não estava, na minha opinião, entrando no Portão C como falaram que ela estava, eu acho que ela estava perto da confusão e por isso a garrafa voou em direção a ela. Não adianta ficar com raiva de mim, se a gente quiser entregar o futebol de vez para a briga, eu vou embora e eu paro. É isso que a gente quer? Futebol é isso? Está certo de bater no Luan no motel? Se falar que é isso aí, eu paro e desisto”, argumentou.
O apresentador ainda comparou a violência nos estádios brasileiros com a Inglaterra e os Estados Unidos. “Acho que proibir torcida é assumir que deu errado. A gente proibir é assumir que estamos entregando o futebol para os caras. Por que na NBA não acontece nada? Por que na Inglaterra parou e hoje tem policiamento do lado de fora para evitar atentados, não tem briga de torcidas? Lá atrás a Margaret Thatcher tomou uma atitude drástica. Se fosse um país sério, não era nem proibir torcidas, era parar o campeonato. Era uma pessoa, ela morreu. Uma pessoa morreu”, disse. “Não estou culpando a vítima, estou dizendo que o fato dela ser organizada é relevante. Sempre envolve gente uniformizada, torcedor comum não vai invadir a torcida do Flamengo, que também está errada. Não tinha que jogar errado. Não é possível que as pessoas fiquem bravas comigo e venham me cancelar. Se vocês acham normal uma pessoa morrer, vida que segue. Vou falar só de videogame, deixa as pessoas morrerem”, concluiu.
Fonte Jovem Pan